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Bolsonaro a falar inglês: risos garantidos

Bolsonaro a falar inglês: risos garantidos

Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, voltou a ser alvo de atenções e risos nas redes sociais após uma tentativa desastrada de falar inglês durante um evento em Miami, no passado dia 5 de abril. Num vídeo que rapidamente se tornou viral, Bolsonaro tentou discursar para apoiantes brasileiros nos EUA, mas tropeçou nas palavras, misturando português e inglês numa pronúncia confusa. “We need to fight for liberty… uh… liberdade, you know?” disse ele, gerando gargalhadas entre os presentes e mais de 2 milhões de visualizações no X até 7 de abril.Não é a primeira vez que Bolsonaro protagoniza momentos cómicos com o inglês. Em 2019, na Assembleia Geral da ONU, o seu discurso preparado foi alvo de críticas pela pronúncia e erros gramaticais. Desta vez, o incidente em Miami coincidiu com uma visita para angariar apoio político entre a comunidade brasileira nos EUA, mas acabou por reforçar a sua imagem caricatural. “Tente não rir” tornou-se a legenda mais usada nos memes que inundaram as redes. Especialistas em comunicação, como Ana Cristina Suzina, da Universidade de Loughborough, apontam que “Bolsonaro usa a informalidade como estratégia, mas o inglês fraco expõe fragilidades”.

Hugo Motta: segredos à tona

Hugo Motta: segredos à tona

Hugo Motta, presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, enfrenta um escrutínio crescente devido a segredos do seu passado e da sua família que voltam à superfície. Eleito em fevereiro com 444 votos, o deputado do Republicanos-PB, de 35 anos, é alvo de investigações que ligam a sua influência política a supostas irregularidades. A Operação Outside, deflagrada pela Polícia Federal a 3 de abril, investiga desvios de mais de 6 milhões de reais em contratos de obras em Patos, Paraíba, município governado pelo seu pai, Nabor Wanderley. Apesar de não ser formalmente investigado, mensagens obtidas pela PF sugerem que Motta teria usado emendas parlamentares para beneficiar empresas, com uma servidora a atuar como “ponte” entre ele e um empresário.O historial familiar também pesa. A mãe de Motta foi presa por corrupção em 2006, e o avô afastado da prefeitura de Patos em 2016. Posts no X e vídeos no YouTube, como o do canal NBM, têm destacado estas ligações, amplificando a polémica. Motta, que já foi aliado de Eduardo Cunha na CPI da Petrobras, rejeita as acusações e diz que “não se pronuncia sobre especulações”. Enquanto pressiona por temas como a anistia do 8 de janeiro, o seu silêncio sobre estas denúncias levanta questões: o que mais esconde o jovem líder da Câmara?.

Tarifas de Trump geram crise e revolta

Tarifas de Trump geram crise e revolta

As tarifas impostas por Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, a partir de 5 de abril, desencadearam uma crise económica global e uma onda de protestos. Com uma taxa base de 10% sobre importações de 185 países, subindo até 34% para a China e 20% para a União Europeia, a medida abalou os mercados, com quedas históricas nas bolsas: Wall Street caiu 5,97% a 4 de abril e o PSI-20 em Lisboa perdeu 2,8%. Trump justificou as tarifas como uma forma de “libertar a indústria americana”, mas o resultado foi o caos.Nos EUA, os protestos “Hands Off!” eclodiram no dia 5 de abril em cidades como Nova Iorque e Chicago, com milhares a condenar as políticas de Trump por causarem inflação e ameaçar empregos. Na Europa, a UE anunciou represálias, visando produtos americanos como a Coca-Cola. Economistas, como Kristalina Georgieva do FMI, alertam para uma possível recessão global. Em Portugal, o Governo teme impactos nas exportações de têxteis e vinhos para os EUA, que totalizaram 650 milhões de euros em 2024. A tensão cresce enquanto o mundo aguarda os próximos passos desta guerra comercial.

Trump causa pânico nas bolsas

Trump causa pânico nas bolsas

O anúncio de Donald Trump (78), presidente dos Estados Unidos, de tarifas massivas a 2 de abril – 10% sobre importações globais, 20% à União Europeia e 34% à China – desencadeou o pânico nos mercados financeiros. Wall Street caiu 5,97% a 4 de abril, perdendo 6 biliões de dólares em dois dias, o pior tombo desde a pandemia. As bolsas europeias seguiram o mesmo caminho: o Euro Stoxx 50 desceu 3,98%, e o PSI-20 em Lisboa recuou 2,8%. A China retaliou com taxas idênticas, intensificando os receios de uma guerra comercial global.O petróleo caiu 10% numa semana e o cobre 6%, refletindo temores de uma recessão. O FMI alertou para um “risco maior” ao crescimento mundial, enquanto o JP Morgan elevou para 60% a probabilidade de crise nos EUA em 2025. Em Portugal, o Governo teme perdas nas exportações de 650 milhões de euros para os EUA. Trump insiste que é um “remédio” para a economia americana, mas o mundo pergunta: será este o início de uma nova crise global?

Glauber Braga resiste à cassação

Glauber Braga resiste à cassação

O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) protagonizou um ato de coragem ao iniciar uma greve de fome e permanecer nas dependências da Câmara dos Deputados, em Brasília, em protesto contra o processo de cassação de seu mandato. A decisão, anunciada em abril de 2025, veio após a aprovação, por 13 votos a 5, de um parecer do Conselho de Ética que recomenda a perda de seu mandato por quebra de decoro parlamentar. O caso, que ainda será analisado pelo plenário da Casa, gerou intensa polarização política e mobilizou aliados e apoiadores, que veem na cassação uma tentativa de silenciar uma voz combativa da esquerda brasileira. Este artigo explora os detalhes do processo, o contexto político e as implicações do protesto de Braga.Tudo começou em abril de 2024, quando Glauber se envolveu em uma confusão com Gabriel Costenaro, militante do Movimento Brasil Livre (MBL), dentro da Câmara. Durante uma discussão acalorada, o deputado empurrou e chutou o ativista, que participava de um debate sobre a regulamentação de motoristas de aplicativo. Segundo Braga, a reação foi motivada por provocações e ofensas dirigidas à sua mãe, Saudade Braga, então internada e que faleceu semanas depois. O Partido Novo, autor da representação contra o deputado, argumentou que a conduta violou o decoro parlamentar, justificando a cassação. Vídeos do incidente, amplamente divulgados, mostram a troca de agressões verbais e físicas, intensificando o embate político.O Conselho de Ética, presidido por deputados de partidos de centro e direita, aprovou o relatório do deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), que considerou a reação de Braga “desproporcional” e incompatível com as prerrogativas de um parlamentar. A votação, marcada por protestos de deputados do PSOL e PT, foi criticada por aliados de Glauber como um julgamento político orquestrado por adversários, especialmente o ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Braga acusou Lira de articular a cassação em retaliação às denúncias que fez contra o chamado “orçamento secreto”, um esquema de distribuição de emendas parlamentares que marcou a gestão de Lira.Em resposta à decisão do Conselho, Glauber anunciou uma greve de fome, prometendo não se alimentar até a conclusão do processo, que ainda depende de recurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e de votação no plenário, onde são necessários 257 votos para confirmar a cassação. Dormindo no chão da sala do Conselho de Ética, o deputado transformou seu protesto em um símbolo de resistência, atraindo apoio de figuras como a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP), que, aos 90 anos, aderiu à greve de fome em solidariedade. A presença de parlamentares da esquerda, militantes sindicais e até do ator Marco Nanini, conhecido por papéis na TV, reforçou a mobilização, que ganhou as redes sociais com a hashtag #GlauberFica.O protesto de Glauber expõe as tensões políticas no Brasil em 2025. De um lado, deputados bolsonaristas e do Centrão celebraram a decisão do Conselho, argumentando que a agressão física é inadmissível em um ambiente legislativo. Kim Kataguiri (União-SP), presente no incidente, defendeu a punição, alegando que Braga atacou primeiro e que tais condutas não podem ser toleradas. Por outro lado, a esquerda denuncia a cassação como uma perseguição política, apontando que casos semelhantes envolvendo deputados de direita, como agressões verbais ou ameaças, raramente resultam em punições tão severas. O PT, em nota oficial, classificou o processo como um “ataque à democracia” e expressou apoio à luta de Glauber e Erundina.O impacto do caso vai além do destino do mandato de Glauber. A cassação, se confirmada, abriria precedente para punições mais duras a parlamentares, especialmente aqueles com posturas combativas. Dados históricos mostram que, desde 2000, apenas cinco deputados foram cassados no Brasil, todos por crimes graves como corrupção ou envolvimento em assassinatos, como o caso de Flordelis em 2021. Uma cassação por quebra de decoro, baseada em uma agressão isolada, seria um marco controverso, podendo intensificar a judicialização da política.Enquanto isso, a saúde de Glauber é monitorada por médicos voluntários. Relatos indicam que, após dias de jejum, ele ingeriu apenas água e isotônicos, perdendo mais de dois quilos. Apesar da fragilidade física, o deputado mantém a determinação, recebendo visitas de aliados e do filho de três anos, que tem acompanhado o pai em momentos pontuais. Sâmia Bomfim (PSOL-SP), esposa de Glauber, descreveu o ato como “radical e dramático”, mas necessário frente ao que considera uma injustiça. A mobilização também inclui obstruções no plenário, com PSOL e PT atrasando votações para pressionar por uma revisão do caso.O futuro do processo permanece incerto. Na CCJ, Glauber terá cinco dias para apresentar recurso, questionando possíveis irregularidades regimentais. Caso o recurso seja rejeitado, o plenário decidirá, em até 90 dias, o destino do mandato. Analistas políticos apontam que o clima polarizado na Câmara dificulta prever o resultado, mas o apoio crescente nas ruas e nas redes pode influenciar deputados indecisos. O Centrão, que detém peso decisivo, sinalizou que um pedido de desculpas de Glauber poderia suavizar a pena, mas o deputado rejeita qualquer recuo, afirmando que “não será derrotado por articulações políticas”.O protesto de Glauber Braga não é apenas uma luta pessoal, mas um reflexo das divisões ideológicas que marcam o Brasil. Sua coragem em enfrentar a cassação com um ato extremo reacende o debate sobre liberdade de expressão, limites do decoro e o papel da esquerda no enfrentamento de estruturas de poder. Enquanto o desfecho não chega, o deputado segue firme, transformando a Câmara em palco de uma batalha política que ecoa por todo o país.

Guerra Comercial: China vs. EUA

Guerra Comercial: China vs. EUA

A tensão comercial entre China e Estados Unidos atingiu um novo patamar com a imposição de tarifas que chegam a 145%, desencadeando uma guerra econômica que ameaça desestabilizar mercados globais. Este conflito, marcado por retaliações mútuas, reflete disputas de longa data sobre comércio, tecnologia e influência geopolítica. À medida que as duas maiores economias do mundo intensificam suas medidas protecionistas, as consequências reverberam em cadeias de suprimentos, preços ao consumidor e na confiança dos investidores.O estopim mais recente foi a decisão dos Estados Unidos de aplicar tarifas elevadas sobre uma ampla gama de produtos chineses, incluindo eletrônicos, veículos elétricos, painéis solares e aço. As taxas, que variam de 50% a 145%, visam reduzir o déficit comercial americano e combater o que Washington chama de práticas desleais, como subsídios estatais e roubo de propriedade intelectual. Em resposta, a China retaliou rapidamente, impondo tarifas equivalentes sobre bens americanos, como produtos agrícolas, automóveis e produtos químicos. Soja, carne suína e uísque estão entre os alvos principais, atingindo diretamente regiões agrícolas dos EUA que dependem das exportações.Esse embate não é novo, mas sua escalada atual marca um retrocesso em relação a esforços anteriores de distensão. Durante a primeira administração Trump, tarifas já haviam sido usadas como arma comercial, resultando em negociações que culminaram no acordo comercial de Fase Um em 2020. No entanto, as tensões reacenderam devido a disputas sobre o cumprimento desse acordo e a crescente competição em setores estratégicos, como semicondutores e inteligência artificial. A China intensificou esforços para alcançar autossuficiência tecnológica, enquanto os EUA reforçam restrições à exportação de chips avançados, ampliando o conflito para além do comércio tradicional.Os impactos econômicos são imediatos e amplos. Nos Estados Unidos, as tarifas elevam os custos de bens importados, pressionando a inflação, que já ronda 3,5%. Consumidores enfrentam preços mais altos para eletrônicos e veículos, enquanto indústrias que dependem de componentes chineses, como a automotiva, relatam gargalos na produção. Na China, as tarifas americanas ameaçam exportadores, especialmente pequenas e médias empresas, que enfrentam margens reduzidas. O governo chinês respondeu com estímulos fiscais para mitigar o impacto, mas a desaceleração econômica do país, agravada por um mercado imobiliário em crise, limita suas opções.Globalmente, a guerra comercial fragmenta cadeias de suprimentos. Países como Vietnã, México e Índia têm atraído investimentos de empresas que buscam alternativas à China, mas a transição é lenta e custosa. O Fundo Monetário Internacional alerta que a escalada pode reduzir o crescimento global em 0,5% até 2026, com economias emergentes sofrendo os maiores impactos devido à volatilidade nos preços de commodities. O transporte marítimo também enfrenta pressão, com custos de frete subindo devido a incertezas comerciais.Politicamente, a guerra comercial reflete cálculos internos. Nos EUA, as tarifas são vistas como uma ferramenta para conquistar apoio em regiões industriais antes das eleições legislativas de 2026. A retórica anti-China une republicanos e democratas, embora empresas americanas, como varejistas e fabricantes, alertem sobre danos aos negócios. Na China, o governo usa o conflito para reforçar o nacionalismo, apresentando as tarifas como um ataque à soberania. Contudo, Pequim enfrenta pressão interna para proteger empregos e evitar turbulências econômicas.Apesar da retórica beligerante, há sinais de possíveis negociações. Ambos os lados expressaram interesse em diálogos de alto nível para evitar uma espiral de retaliações. No entanto, as demandas são complexas: os EUA exigem reformas estruturais na economia chinesa, enquanto a China busca o fim das restrições tecnológicas. Sem concessões mútuas, o risco de uma guerra comercial prolongada aumenta, com poucos ganhadores.O futuro permanece incerto. Enquanto as tarifas impulsionam a inflação e desaceleram o comércio, elas também forçam uma reconfiguração das relações econômicas globais. Para os consumidores, o custo imediato é claro: preços mais altos e menos opções. Para as duas nações, o desafio é encontrar um equilíbrio entre competição e cooperação, antes que o conflito cause danos irreversíveis.