Pharrell Williams leva Louis Vuitton para o Velho Oeste americano
O estilista e músico Pharrell Williams levou a marca Louis Vuitton para as terras do Velho Oeste americano, com uma profusão de jeans, chapéus de caubói, bordados e botas texanas, que protagonizaram sua segunda coleção masculina para a marca de luxo, apresentada nesta terça-feira (16).
O cenário fez alusão ao deserto do Arizona ou do Novo México, e a trilha sonora, essencial nos shows de Williams, aos cantos dos povos originários daquelas terras.
Com uma proposta que lembrava o filme de Martin Scorsese “Assassinos da Lua das Flores", Williams mesclou o artesanato dos povos Dakota e Lakota com o "savoir faire" da marca francesa.
Grandes bolsas com o monograma da marca, em diversas cores e estampas, eram levadas pelos modelos, alguns vestindo jaquetas rústicas ou camisas justas decoradas com pedras turquesa em formato de botões.
Aos poucos, outros temas relacionados à proposta de Williams começaram a aparecer, como a ampliação da tradicional estampa quadriculada da marca.
Um casaco comprido começava com uma grande estampa quadriculada vermelha na parte superior da peça, que ia se desfazendo até virar um grande desenho de um caubói em tons de azul, na parte inferior.
Camisas pretas apareceram com franjas brancas e bordados na altura do peito. Alguns cintos, com fivela de ferro no formato de monograma, foram adornados com pedraria.
“Usando o melhor artesanato, desde pedras preciosas até técnicas de pintura manual e bordado, a coleção lança luz sobre a iconografia do vestuário do Oeste americano", resumiu a marca.
O músico Pharrell Williams, que surgiu do rap e do hip-hop e é um apaixonado por moda, foi chamado no ano passado pela maior marca de luxo francesa para dar prosseguimento à sua abertura a novos setores, iniciada pelo antecessor e amigo de Williams, Virgil Abloh.
Assim como Abloh, Williams é um artista negro, com conexões com o mundo do entretenimento, da música e dos esportes nos Estados Unidos. A presença de celebridades se tornou essencial nos desfiles de grandes marcas como Louis Vuitton, Dior ou Balenciaga.
Com o desfile de hoje, o autor de “Happy” mostrou a sua abertura a um mundo distante da cultura urbana em que cresceu, mas que faz parte do cenário cultural americano dominante em todo o mundo.
(V.Sørensen--DTZ)