Deutsche Tageszeitung - Netanyahu diz que Israel fará 'o possível' para evitar que Irã tenha armas nucleares

Netanyahu diz que Israel fará 'o possível' para evitar que Irã tenha armas nucleares


Netanyahu diz que Israel fará 'o possível' para evitar que Irã tenha armas nucleares
Netanyahu diz que Israel fará 'o possível' para evitar que Irã tenha armas nucleares / foto: © POOL/AFP/Arquivos

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou, nesta quinta-feira (28), em entrevista ao Canal 14, que Israel fará "tudo o possível" para impedir que o Irã tenha armas nucleares, depois que o chanceler iraniano afirmou que seu país poderia fabricá-las se as potências ocidentais voltassem a lhe impor sanções.

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Israel é o único Estado da região dotado de armas nucleares, embora não o reconheça. Sua prioridade no tema da defesa é impedir a aproximação de qualquer rival.

Netanyahu declarou esta semana que o cessar-fogo que entraria em vigor no Líbano permitiria a Israel se concentrar no Irã, sem dar detalhes sobre o que isso significa.

O Irã lançou mísseis este ano contra Israel, em resposta ao assassinato de líderes dos movimentos islamitas Hamas e Hezbollah, e de um general iraniano. Em ambas as ocasiões, Israel respondeu com bombardeios limitados ao Irã, o último deles em outubro, contra instalações militares.

As trocas de declarações acontecem na véspera de uma reunião-chave sobre o programa nuclear iraniano entre diplomatas do Irã e da Europa. O Irã reivindica o direito de desenvolver energia nuclear com fins pacíficos, mas, segundo a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), ele é o único país que não possui a bomba atômica mas enriquece urânio a 60%, perto dos 90% para fabricá-la.

O chanceler iraniano, Abbas Araghchi, advertiu que a frustração em Teerã com os compromissos não cumpridos, como o levantamento das sanções, alimenta o debate sobre a necessidade de mudar sua política nuclear. “Discute-se no país, principalmente as elites, se deveríamos mudar nossa doutrina nuclear", uma vez que, até agora, ela se mostrou "insuficiente na prática", acrescentou, em entrevista ao jornal britânico The Guardian.

(V.Sørensen--DTZ)