Ex-conselheiro deixa a prisão e começa a fazer campanha para Trump
O ex-estrategista da Casa Branca Steve Bannon, solto nesta terça-feira (29) após passar quase quatro meses na prisão, começou a fazer campanha para seu ex-chefe Donald Trump.
Bannon, 70, foi condenado após rejeitar uma intimação para depor perante o painel do Congresso que investiga o ataque de apoiadores de Trump ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Sua libertação acontece a uma semana das eleições presidenciais nos Estados Unidos.
Trump espera voltar à Casa Branca com uma vitória em 5 de novembro, quando enfrentará a candidata democrata, Kamala Harris.
Fiel ao seu passado conspiracionista, Bannon disse em seu podcast "The War Room", pouco depois de sair da prisão federal em Connecticut, que os democratas "não têm a intenção de deixar o poder" e incitou seus apoiadores a "se certificarem" de que "não nos roubem a eleição".
"Os quatro meses em uma prisão federal não me quebraram, eles me empoderaram", afirmou Bannon, acrescentando que esse período lhe permitiu entender que Kamala, uma ex-promotora, é considerada "a rainha do encarceramento em massa" pelas minorias negras e hispânicas.
“O desespero de Kamala Harris e de sua campanha é óbvio. Eles sabem que não podem vencer nas urnas”, acrescentou posteriormente o ex-conselheiro de Trump, durante entrevista coletiva em Nova York.
Bannon foi um dos porta-vozes das acusações nunca provadas de fraude nas eleições presidenciais de 2020, uma teoria em que alguns apoiadores de Trump continuam acreditando. Quando foi preso, em 1º de julho, disse que estava "orgulhoso" de cumprir a pena se fosse "o necessário para enfrentar Joe Biden".
Bannon desempenhou um papel importante na campanha de Trump em 2016, que o levou à Presidência, e depois trabalhou na Casa Branca como estrategista-chefe, cargo que deixou após sete meses, supostamente devido a conflitos com outros funcionários.
Embora não trabalhe mais oficialmente para o ex-presidente, Bannon segue usando sua influência para que ele retorne à Casa Branca, principalmente por meio de seu podcast.
Bannon foi acusado em 2020 de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro por, supostamente, tomar para uso pessoal milhões de dólares concedidos por doadores para a construção de um muro na fronteira com o México, uma das promessas de Trump durante seu mandato (2017-2021).
O ex-presidente republicano concedeu um indulto geral para Bannon antes de deixar a Presidência, o que provocou o arquivamento das acusações contra ele. Outros acusados por este caso foram declarados culpados.
(N.Loginovsky--DTZ)