Deutsche Tageszeitung - Venezuela perseguirá 'traidores da pátria' após prisão de 'czar do petróleo', diz ministro

Venezuela perseguirá 'traidores da pátria' após prisão de 'czar do petróleo', diz ministro


Venezuela perseguirá 'traidores da pátria' após prisão de 'czar do petróleo', diz ministro
Venezuela perseguirá 'traidores da pátria' após prisão de 'czar do petróleo', diz ministro / foto: © AFP

O ministro de Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, garantiu, nesta terça-feira (22), que o governo do presidente Nicolás Maduro vai perseguir quem incorrer em "traição à pátria" após se referir à prisão do ex-czar do petróleo Pedro Tellechea.

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O coronel do Exército, de 48 anos, foi preso no domingo, acusado de vínculos com uma "empresa controlada pelo serviço de inteligência" dos Estados Unidos, informou o Ministério Público venezuelano na segunda-feira.

"O Estado venezuelano condena absolutamente qualquer ação ou ato de corrupção, e não apenas condena, mas perseguirá até as últimas consequências qualquer tentativa de traição à pátria", disse Cabello em entrevista coletiva em Caracas.

"E sem dúvida, entregar o cérebro, as operações, a administração, os contratos da principal indústria do país ao governo dos Estados Unidos implica em um ato de traição à pátria. Não cabe a mim acusá-lo, mas é assim que eu vejo", comentou o poderoso dirigente chavista.

A pena máxima para o crime de traição à pátria na Venezuela é de 30 anos.

Tellechea, que foi ministro do Petróleo e presidente da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), foi detido junto com "seus colaboradores mais próximos" por, entre outras razões, entregar o sistema de controle automatizado da PDVSA "a uma empresa controlada pelo serviço de inteligência dos Estados Unidos", assinalou o Ministério Público.

Tellechea, que também comandou a petroquímica estatal, foi nomeado presidente da PDVSA em janeiro de 2023 e ministro do Petróleo em março, com a promessa de "sanear" a indústria após um escândalo de corrupção que levou à prisão de seu antecessor, Tareck El Aissami.

Após deixar o Ministério do Petróleo em agosto, ele foi designado titular de Indústria. A vice-presidente Delcy Rodríguez o sucedeu na pasta energética.

Durante a gestão Maduro, reeleito para um terceiro mandato em meio a denúncias de fraude da oposição, cerca de 200 funcionários públicos foram presos, entre eles ex-ministros e ex-presidentes da PDVSA.

Rafael Ramírez, ministro do Petróleo entre 2002 e 2014, e ex-presidente da PDVSA de 2004 a 2014, fugiu para a Itália, enquanto Eulogio del Pino e Nelson Martínez, que também ocuparam esses dois cargos, foram presos. Martínez morreu na prisão.

Em 18 de outubro, Maduro designou o empresário colombiano Alex Saab - acusado de ser seu "laranja" e libertado pelos Estados Unidos em uma troca de prisioneiros em dezembro de 2023 - como ministro da Indústria.

Tellechea escreveu em suas redes sociais que estava deixando o governo por "problemas de saúde".

(P.Vasilyevsky--DTZ)

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