Deutsche Tageszeitung - Dirigentes do mundo expressam sua 'dor' no aniversário de ataque do Hamas contra Israel

Dirigentes do mundo expressam sua 'dor' no aniversário de ataque do Hamas contra Israel


Dirigentes do mundo expressam sua 'dor' no aniversário de ataque do Hamas contra Israel
Dirigentes do mundo expressam sua 'dor' no aniversário de ataque do Hamas contra Israel / foto: © اف ب

Dirigentes de todo o mundo expressaram, nesta segunda-feira (7), sua "dor" pelos ataques "atrozes" cometidos pelo Hamas contra Israel há exatamente um ano e manifestaram seu apego à paz, sem esquecer a situação dos palestinos, pelos quais há várias manifestações previstas.

Alterar tamanho do texto:

De Londres a Tóquio, passando por Vaticano e Espanha, diversas declarações e manifestações relembraram o primeiro aniversário desse massacre, o mais mortal da história recente de Israel.

O ataque tomou o país de surpresa enquanto celebrava uma festividade religiosa, provocou a morte de 1.205 pessoas e desencadeou uma devastadora campanha militar de Israel na Faixa de Gaza que deixou quase 42.000 mortos. Além disso, em meados de setembro se abriu outra frente, no Líbano, contra o movimento islamista Hezbollah, aliado do Irã.

O primeiro-ministro trabalhista britânico, Keir Starmer, afirmou que seu país "não vacilará na busca pela paz" no Oriente Médio.

"Neste dia de dor e tristeza, honramos aqueles que perdemos e seguimos comprometidos a recuperar aqueles que seguem retidos", escreveu na rede X.

Nesse dia, os islamistas também capturaram 251 pessoas, das quais 97 seguem cativas na Faixa de Gaza e 34 delas teriam morrido, segundo o Exército israelense.

O presidente de Israel, Isaac Herzog, pediu ao mundo que "apoie Israel em sua luta contra seus inimigos" e disse que o dia 7 de outubro deixou "uma cicatriz na humanidade".

- "Forte condenação” -

O presidente francês Emmanuel Macron, cujo país abriga a maior comunidade judaica da Europa, também disse no X que “a dor ainda é tão vívida um ano depois, a dor do povo israelense, nossa dor, a dor da humanidade ferida”.

De Madri, o Ministério das Relações Exteriores da Espanha reiterou “sua forte condenação aos atrozes ataques terroristas do Hamas” e pediu “um cessar-fogo, a libertação dos reféns e o acesso humanitário aos civis” em Gaza.

O chanceler José Luis Albares disse em uma entrevista na televisão estatal que “a solução final é a solução de dois Estados, um Estado da Palestina que conviva e coexista em paz e segurança”.

A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, disse que “o terror de 7 de outubro marcou uma ruptura cruel para o povo de Israel, assim como para o povo do Oriente Médio e do nosso país”.

O chanceler Olaf Scholz e o presidente Frank-Walter Steinmeier planejam participar das cerimônias de comemoração. Em Berlim, foram anunciadas marchas por iniciativa da comunidade judaica e também de simpatizantes pró-palestinos.

- “Incapacidade vergonhosa” -

Em uma carta aberta aos católicos do Oriente Médio, o papa Francisco criticou a “incapacidade vergonhosa” da comunidade internacional de pôr fim ao conflito.

“Há um ano, o pavio do ódio foi aceso, não foi extinto, mas explodiu em uma espiral de violência, na incapacidade vergonhosa da comunidade internacional e dos países mais poderosos de silenciar as armas e pôr fim à tragédia da guerra”, disse ele.

O Japão “condenou inequivocamente” o ataque do Hamas e acrescentou que está “seriamente preocupado com a situação humanitária crítica que continua na Faixa de Gaza”.

Noa Países Baixos, onde uma bandeira israelense gigante será desfraldada em uma grande praça em Amsterdã, também são esperadas manifestações pró-palestinas, com eventos em várias estações de trem. O primeiro-ministro, Dick Schoof, participará de uma cerimônia organizada em uma sinagoga na capital pela embaixada israelense.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, expressou preocupação com o “antissemitismo latente e desenfreado” durante uma cerimônia na Grande Sinagoga de Roma.

“Lembrar e condenar veementemente o que aconteceu há um ano não é um simples ritual, mas um pré-requisito para qualquer ação política que devemos tomar para trazer a paz ao Oriente Médio”, disse ela.

- “Ele pagará pelo genocídio” -

Em uma dura declaração contra Israel, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse nesta segunda-feira que o país “mais cedo ou mais tarde pagará o preço” pelo “genocídio” que está cometendo contra o povo palestino.

“Durante exatamente 365 dias, 50.000 de nossos irmãos e irmãs, a maioria crianças e mulheres, foram brutalmente mortos”, disse ele.

Por sua vez, o oficial e ex-líder do Hamas, Khaled Mechaal, disse no canal Al Arabiyaun que o ataque colocou Israel de volta à “estaca zero e ameaçou sua existência”.

O Hezbollah, que Israel está combatendo no Líbano, disse nesta segunda-feira que continuaria a lutar contra a “agressão” de Israel, descrevendo-o como uma entidade “cancerosa” que deve ser “eliminada”.

(Y.Leyard--DTZ)