Zelensky se reúne com Biden na Casa Branca, em plena campanha eleitoral
Volodimir Zelensky será recebido nesta quinta-feira (26) por Joe Biden e Kamala Harris na Casa Branca, em meio a críticas de Donald Trump, que acusa o presidente ucraniano de se recusar a "concluir um acordo de paz" com a Rússia.
A reunião com o presidente dos Estados Unidos, Biden, e Harris, vice-presidente e candidata democrata nas eleições de 5 de novembro, ocorrerá poucas horas após Washington anunciar um aumento da ajuda à Ucrânia, um pacote de quase 8 bilhões de dólares (43 bilhões de reais) em assistência militar e a entrega de armas de longo alcance.
O anúncio do novo pacote de ajuda não responde, contudo, à exigência de Kiev de utilizar mísseis americanos de longo alcance para atacar o território russo.
O presidente dos EUA convocou uma reunião de alto nível na Alemanha, em outubro, com mais de 50 países aliados de Kiev "para coordenar esforços para defender a Ucrânia contra a agressão russa", segundo um comunicado.
Zelensky deve apresentar a Biden e ao Congresso os detalhes do seu "plano de vitória" para acabar com a invasão russa lançada em 24 de fevereiro de 2022.
O chefe de Estado provavelmente pedirá, mais uma vez, que o Ocidente permita que o Exército ucraniano utilize mísseis de longo alcance para atacar mais profundamente o território russo.
Até agora, os Estados Unidos, principais fornecedores de armas da Ucrânia, têm se mostrado relutantes em fazê-lo.
- O "melhor vendedor" -
Zelensky está consciente de que o apoio ao seu país depende em grande parte do resultado das eleições presidenciais americanas.
A disputa se apresenta muito acirrada entre Kamala Harris, que prometeu continuar ajudando Kiev se eleita, e o ex-presidente republicano Donald Trump, contundente em suas críticas ao presidente ucraniano nos últimos dias.
"Continuamos a dar bilhões de dólares a um homem que se recusa a fazer um acordo, Zelensky", disse o candidato republicano à Casa Branca durante um comício na Carolina do Norte.
- Congresso -
Zelensky também irá ao Capitólio para se reunir com diversos congressistas, especialmente no Senado.
No entanto, não está prevista uma reunião com o líder republicano da Câmara dos Representantes, Mike Johnson.
O conservador, sob forte pressão dos congressistas mais leais a Trump, declarou que não poderia comparecer.
Johnson também criticou duramente a visita de Zelensky a uma fábrica de armas na Pensilvânia, no domingo.
Ele acusou a equipe do presidente ucraniano de organizar um "evento de campanha" a favor dos democratas e exigiu a saída do embaixador ucraniano nos Estados Unidos.
(V.Sørensen--DTZ)