Venezuela denuncia na ONU 'ataques terroristas' contra Maduro apoiados por Washington
A Venezuela denunciou, nesta quarta-feira (25), perante a Assembleia Geral da ONU, "ataques terroristas" contra o presidente Nicolás Maduro e outros funcionários, com "pleno apoio" dos Estados Unidos.
"Desde o estado da Flórida, são planejados ataques terroristas contra funcionários e instalações públicas; também utilizam as redes sociais com impunidade e pleno apoio da Casa Branca para promover incursões mercenárias", afirmou o chanceler venezuelano, Yván Gil, em seu discurso durante o principal encontro diplomático mundial, ao qual Maduro não compareceu.
"Embora Washington negue estar envolvido, desta vez foram capturados em flagrante (...). Esses criminosos confessaram que pretendiam assassinar o presidente Nicolás Maduro, a vice-presidenta Executiva e vários altos funcionários do Estado venezuelano", continuou.
O governo venezuelano informou, em meados de setembro, sobre a detenção de quatro americanos, um cidadão tcheco e dois espanhóis, acusados de um suposto plano para "desestabilizar" o país, que incluía "assassinar" Maduro.
As autoridades também relataram a apreensão de 400 fuzis. Não está claro onde os detidos estão nem quais acusações foram feitas contra eles, e seus países solicitaram informações.
Gil acrescentou em seu discurso que "algumas" das armas apreendidas são de "uso exclusivo das Forças Armadas dos Estados Unidos da América". Ele prometeu apresentar provas "ainda mais contundentes" desses planos "nas próximas semanas".
Ele também denunciou a criação de um site que incentiva a queda de Maduro.
"Mercenários que abriram uma página na web neste país [Estados Unidos] para arrecadar abertamente fundos para atacar a Venezuela e realizar magnicídios. Essa iniciativa conta com o apoio público de agências governamentais e de parlamentares do Senado americano", afirmou.
As autoridades venezuelanas também iniciaram uma investigação sobre esse portal, que apareceu na Internet em meio às denúncias de fraude feitas pela oposição na reeleição de Maduro, ocorrida em 28 de julho.
O chanceler destacou que, há "mais de 25 anos", os Estados Unidos vêm tentando uma "política fracassada" contra a Venezuela e exigiu que Washington cumpra com suas "obrigações internacionais".
(M.Dorokhin--DTZ)