Oposição venezuelana se manifesta na Espanha em apoio a González Urrutia
Centenas de apoiadores da oposição venezuelana se manifestaram nesta terça-feira (10) diante do Congresso dos Deputados de Madri, onde a filha do candidato Edmundo González Urrutia leu uma mensagem lhes pedindo que não desistam.
A manifestação coincidiu com o debate no Congresso de uma proposta para reconhecer a vitória de González Urrutia nas eleições de 28 de julho.
"Compatriotas, não desanimem, que não os decepcionarei!", afirma González, exilado na Espanha, na mensagem lida por Carolina para os manifestantes em Madri, dois dias depois de o candidato da oposição, que enfrentou o presidente Nicolás Maduro nas urnas, chegar à capital espanhola para pedir asilo.
"A vontade do povo expressa em 28 de julho tem que ser respeitada e nós a faremos respeitar", acrescentou a mensagem do político, de 75 anos.
Também dirigiram-se aos manifestantes outros dois opositores no exílio: Antonio Ledezma e Leopoldo López.
O Congresso dos Deputados espanhol debateu nesta terça-feira uma proposta pedindo ao governo de esquerda de Pedro Sánchez que reconheça o candidato opositor como presidente.
Espera-se que a proposta seja votada nesta quarta-feira, e tudo indica que ela conta com a maioria para ser aprovada.
Em conformidade com a posição europeia, o governo espanhol tem exigido que sejam divulgadas as atas eleitorais das eleições nas quais a oposição denuncia fraude, mas sem reconhecer González como presidente.
Apresentada pelo principal partido da oposição, o conservador Partido Popular, a proposta exige "reconhecer Edmundo González Urrutia como o legítimo vencedor das eleições presidenciais" e "portanto, como presidente eleito e legítimo da Venezuela".
Além disso, a proposta pede ao governo de Sánchez que "lidere o reconhecimento de Edmundo González nas instituições europeias e instâncias internacionais, com o objetivo de garantir que, em 10 de janeiro de 2025, ele tome posse como novo presidente da Venezuela".
Durante ato em Caracas, Maduro disse que Madri se tornou uma "pousada do fascismo na Europa e no mundo. Tornou-se o receptáculo de todo terrorista, corrupto, fascista, que foge da Venezuela. Quantos fascistas mais?”
(M.Travkina--DTZ)