Biden diz que Netanyahu não faz o suficiente para conseguir acordo sobre os reféns
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou, nesta segunda-feira (2) que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não está fazendo o suficiente para obter um acordo sobre a libertação dos reféns em poder do grupo islamista palestino Hamas desde 7 de outubro.
Questionado por um jornalista na Casa Branca — onde Biden se reuniu com negociadores americanos que atuam no conflito entre Israel e Hamas — se considera que o governante israelense estava fazendo o suficiente para obter o acordo, Biden respondeu: "Não".
A reunião de Biden com os negociadores sobre o acordo para a libertação dos reféns surge depois da descoberta, no sábado, em Gaza, de seis reféns mortos, incluindo um cidadão de nacionalidade americana.
"O presidente Biden está devastado e ofendido por este crime, e reafirmou a importância de que os dirigentes do Hamas sejam responsabilizados por ele", indicou um comunicado da Casa Branca ao fim do encontro.
Biden e a vice-presidente Kamala Harris foram informados pelos negociadores sobre o andamento da proposta apresentada pelos Estados Unidos, Catar e Egito, acrescenta a nota.
Harris, que nas eleições de novembro buscará suceder Biden na presidência, declarou que o assassinato dos seis reféns foi "um ato bárbaro e brutal do Hamas".
"Os dirigentes do Hamas pagarão por esses crimes. Já passou da hora de um cessar-fogo e um acordo de reféns. Precisamos trazer os reféns para casa e acabar com o sofrimento em Gaza", escreveu a democrata no X.
Participaram da reunião o secretário de Estado, Antony Blinken, o diretor da CIA, William Burns, e o assessor de Segurança Nacional, Jake Sullivan, além de outros funcionários americanos.
Os Estados Unidos, juntamente com o Egito e o Catar, têm pressionado há meses por uma troca de reféns e prisioneiros e por um cessar-fogo na guerra em Gaza.
Milicianos do Hamas fizeram 251 reféns durante o ataque de 7 de outubro no sul de Israel que desencadeou a guerra, 97 dos quais permanecem em Gaza, 33 deles mortos, segundo o Exército israelense.
Dezenas de reféns foram libertados durante uma trégua de uma semana em novembro.
(L.Barsayjeva--DTZ)