Deutsche Tageszeitung - Guatemala autoriza reativação de mina de níquel de capital suíço

Guatemala autoriza reativação de mina de níquel de capital suíço


Guatemala autoriza reativação de mina de níquel de capital suíço
Guatemala autoriza reativação de mina de níquel de capital suíço / foto: © AFP/Arquivos

A Guatemala autorizou a reativação de uma mina de níquel da suíça Solway Investment, após os Estados Unidos levantarem algumas sanções por "corrupção" contra a empresa, informou o Ministério de Energia nesta sexta-feira (30).

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A Companhia Processadora de Níquel de Izabal (Pronico) e a Companhia Guatemalteca de Níquel (CGN), subsidiárias da Solway, suspenderam as operações em março de 2023, quatro meses depois de serem sancionadas por "corrupção" e "tráfico de influências" por Washington.

As sanções foram levantadas em janeiro pelo Departamento do Tesouro americano, e a Pronico estava à espera de o governo guatemalteco renovar as autorizações de exportação.

A Pronico indicou em um comunicado enviado à AFP que espera que a produção "seja retomada em um prazo de 8 a 10 meses", "uma vez garantido o financiamento", que será gerido em bancos internacionais.

"A Solway e a Pronico adotaram novas práticas de luta contra o suborno e a corrupção, assim como o respeito aos direitos humanos, sob a supervisão de especialistas internacionais", disse a empresa.

A CGN explora a mina e a Pronico processa o minério e o exporta. Agora, ambas serão supervisionadas por outra filial da Solway com base nos Estados Unidos, segundo o comunicado.

A mina está localizada nos municípios de El Estor e Los Amates, sobre o Caribe, epicentro de confrontos entre policiais e indígenas maias que são contra a exploração de minério e denunciam danos ao meio ambiente.

Em novembro de 2021, o governo anterior da Guatemala, presidido por Alejandro Giammattei (2020-2024), declarou um estado de prevenção na área após um longo protesto de indígenas que bloquearam a passagem de caminhões de mineração. Uma manifestação resultou na morte de um pescador em 2017.

A Corte Interamericana de Direitos Humanos condenou no final de 2023 a Guatemala ao considerar que o país violou os direitos de uma comunidade maia q'eqchi' ao permitir a usurpação e operação da mina em suas terras ancestrais.

(A.Nikiforov--DTZ)