Deutsche Tageszeitung - Líder da oposição, Machado denuncia 'campanha de terror' na Venezuela

Líder da oposição, Machado denuncia 'campanha de terror' na Venezuela


Líder da oposição, Machado denuncia 'campanha de terror' na Venezuela
Líder da oposição, Machado denuncia 'campanha de terror' na Venezuela / foto: © AFP

A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, denunciou nesta terça-feira (6) uma "campanha de terror" no país, em meio a detenções massivas em protestos contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro e a nova cruzada do governante chavista contra redes sociais e plataformas de mensagens.

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"Querem nos intimidar para que não nos comuniquemos, porque isolados ficaríamos muito mais fracos e isso não vai acontecer. Sempre encontraremos formas de nos mantermos conectados, organizados e ativos (...), o medo não vai nos paralisar e não deixaremos as ruas", disse Machado em um áudio que compartilhou nas redes.

Maduro convocou na segunda-feira um boicote ao WhatsApp, alegando que militares, policiais e líderes comunitários que defendem sua reeleição diante das acusações de fraude da oposição receberam "ameaças" por este aplicativo.

Pelo menos 11 civis morreram em manifestações da oposição contra a proclamação da vitória de Maduro para um terceiro mandato, segundo organizações de direitos humanos, e há mais de 2.000 detidos.

"Não se deixem intimidar, muito menos desanimar, assustar ou desmoralizar por forças obscuras que pretendem fazer com que não nos comuniquemos e semear medo, ruído entre nós. Não permitam: ajudem nossos familiares e vizinhos a não serem vítimas desta campanha de terror", ressaltou Machado.

O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), alinhado ao governo, declarou Maduro como vencedor das eleições de 28 de julho com 52% dos votos, contra 43% do opositor Edmundo González Urrutia.

A oposição afirma que González Urrutia foi o verdadeiro vencedor e publicou em um site cópias de atas eleitorais que sustentam suas denúncias de fraude.

"Ninguém disse que seria fácil, mas que o mundo tenha bem claro: não há volta. Isso é irreversível", acrescentou Machado.

(O.Tatarinov--DTZ)