Biden se reúne com conselho de segurança para discutir situação no Oriente Médio
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, teve discussões com sua equipe de segurança nacional na segunda-feira (5), à medida que crescem os temores de um possível ataque de retaliação do Irã contra Israel, o que poderia escalar o conflito no Oriente Médio.
A reunião incluiu altos funcionários, incluindo a vice-presidente e candidata presidencial democrata, Kamala Harris, e "discutiu os eventos no Oriente Médio", afirmou a Casa Branca.
Biden, de 81 anos, voltou à Casa Branca depois de passar o fim de semana em sua residência em Wilmington, Delaware, e seguiu diretamente para o Salão Oval sem falar com a imprensa.
O presidente democrata e o secretário de Estado americano, Antony Blinken, estão envolvidos em intensas atividades diplomáticas para tentar aliviar as tensões após o recente assassinato do líder político do grupo islamista palestino Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, em um ataque atribuído a Israel.
Anteriormente, Biden ligou para o rei da Jordânia, Abdullah II, enquanto Blinken conversou com o primeiro-ministro do Catar e com o ministro das Relações Exteriores do Egito, ambos atores-chave nas negociações de um cessar-fogo em Gaza entre Israel - um aliado crucial dos Estados Unidos na região - e o Hamas.
"É importante que todas as partes tomem medidas nos próximos dias para evitar uma escalada e acalmar as tensões", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, aos jornalistas, ao descrever as chamadas de Blinken com autoridades da região.
Enquanto isso, Biden e o rei jordaniano "discutiram seus esforços para reduzir as tensões regionais, incluindo um cessar-fogo imediato e um acordo para a libertação dos reféns” mantidos em cativeiro pelo Hamas, disse a Casa Branca em um comunicado.
As esperanças de um cessar-fogo em Gaza foram abaladas pelos assassinatos de Haniyeh e do alto comandante militar do Hezbollah, Fuad Shukr, horas antes em Beirute.
Irã e movimentos islamistas responsabilizaram Israel pelos ataques e garantiram que realizarão ataques em retaliação.
(U.Kabuchyn--DTZ)