Deutsche Tageszeitung - Presidente da Colômbia pede a renúncia de todo o gabinete

Presidente da Colômbia pede a renúncia de todo o gabinete


Presidente da Colômbia pede a renúncia de todo o gabinete
Presidente da Colômbia pede a renúncia de todo o gabinete / foto: © AFP

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu a renúncia de todo seu gabinete em meio às dificuldades que seu governo enfrenta para aprovar os projetos de lei no Congresso, confirmaram três ministros nesta quarta-feira (26) à AFP.

Alterar tamanho do texto:

A solicitação, confirmada por funcionários de alto escalão que pediram anonimato, não foi oficializada por Petro, o primeiro presidente de esquerda do país.

Na noite de terça-feira (25), o chefe de Estado colombiano mencionou no Twitter que iria "repensar o governo", após encerrar as alianças com partidos tradicionais cruciais para o sucesso de suas reformas.

No poder desde 7 de agosto de 2022, Petro não conseguiu implementar as profundas mudanças que prometeu em sua campanha eleitoral, em relação aos sistemas trabalhista, de saúde, previdenciário, judiciário, entre outros.

Os partidos Liberal, Conservador e 'de la U', que se distanciaram do governo na terça-feira, se opuseram às suas iniciativas.

Em um evento público, Petro afirmou que é necessário instalar um "governo de emergência" na Colômbia, "já que o Congresso não foi capaz de aprovar alguns artigos simples e muito pacíficos" sobre a divisão equitativa de terras.

Nenhum ministros apresentou publicamente sua renúncia.

- "Não parece boa" -

O presidente colombiaoi já havia formado um primeiro gabinete afastado das forças de esquerda que o levaram à presidência e optou por políticos de centro e direita ou acadêmicos como o economista José Antonio Ocampo (Partido Liberal), que indicou para a pasta do Tesouro.

Ele designou o investigador Iván Velásquez para a pasta da Defesa e o conservador Álvaro Leyva para as Relações Exteriores.

Outros como Alfonso Prada (Interior) e Guillermo Reyes (Transportes) têm ligações com os partidos que agora se opõem às reformas do governo.

"A mudança de gabinete não parece boa para os que representam os partidos tradicionais ou os que haviam dito 'não' às reformas", afirmou Sergio Guzmán, diretor da consultoria Colombia Risk Analysis, no Twitter.

Durante seu mandato como prefeito de Bogotá (2012-2015), Petro enfrentou constantes mudanças em sua equipe de trabalho, seja por demissões ou por decisão própria. Na ocasião, os opositores e alguns de seus ex-funcionários apontaram a dificuldade do atual presidente de trabalhar em equipe.

Em 15 de fevereiro, o mandatário pediu a seus apoiadores que fossem às ruas para pressionar pela aprovação de suas reformas. Em seguida, alertou de uma sacada da residência presidencial Casa de Nariño que continuaria convocando manifestações até que a "mudança" fosse uma realidade.

Dias depois, em 28 de fevereiro, demitiu três de seus ministros, entre eles o centrista Alejandro Gaviria, da pasta da Educação, cujas críticas à reforma da saúde proposta pelo governo vazaram na imprensa.

Também foram afastadas a ex-campeã olímpica María Isabel Urrutia, do Ministério do Esporte, acusada em um escândalo de corrupção, e Patricia Ariza, da pasta de Cultura, sem justificativa conhecida para a decisão.

- Reveses -

O terremoto no gabinete representa a pior crise governamental interna em pouco mais de nove meses de mandato.

Além do fracasso no Congresso, Petro acrescenta contratempos em suas tentativas de estabelecer uma "Paz Total" com todos os grupos armados ilegais do país.

Os guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN), com quem conduz negociações de paz, se recusaram a participar de um cessar-fogo bilateral proposto pelo governo em 31 de dezembro.

Já o Clã do Golfo, o maior cartel do tráfico de drogas no país, também participou da trégua, mas o presidente reativou as operações militares contra essa organização após ataques a civis e forças públicas.

(U.Kabuchyn--DTZ)

Apresentou

Enviado especial dos EUA se reunirá com Zelensky e líderes europeus neste fim de semana em Berlim

O enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, se reunirá neste fim de semana com o presidente ucraniano Volodimir Zelensky e outros líderes europeus em Berlim, indicou à AFP, nesta sexta-feira (12), um funcionário da Casa Branca, ao confirmar uma informação do Wall Street Journal.

Camboja acusa Tailândia de novos bombardeios após trégua anunciada por Trump

O governo do Camboja denunciou neste sábado (13, data local) que a Tailândia continuava bombardeando o seu território, horas após o presidente americano, Donald Trump, anunciar que os dois países do Sudeste Asiático haviam concordado com uma trégua em seus confrontos fronteiriços.

Opositora venezuelana Corina Machado apoia maior pressão sobre Maduro

A líder opositora venezuelana María Corina Machado, ganhadora do Nobel da Paz 2025, disse que apoia maior pressão sobre o presidente Nicolás Maduro para que ele "entenda" que deve deixar o poder, segundo trechos de uma entrevista à emissora americana CBS divulgados nesta sexta-feira (12).

Democratas publicam fotos de Epstein com Trump, Bill Clinton e Woody Allen

Legisladores democratas publicaram, nesta sexta-feira (12), uma nova série de fotos pertencentes ao criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein, que inclui imagens do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do ex-presidente Bill Clinton.

Alterar tamanho do texto: