Messi pede perdão por viagem à Arábia Saudita
Lionel Messi pediu perdão, nesta sexta-feira (5), "ao clube" e a seus "colegas" do Paris Saint-Germain, em um vídeo postado no Instagram, depois de uma viagem à Arábia Saudita no começo da semana, que realizou sem autorização do clube e lhe valeu uma suspensão interna.
"Sinceramente, achava que estaríamos de folga depois do jogo, como vinha acontecendo nas semanas anteriores", explicou o craque argentino.
"Tinha organizado esta viagem à Arábia, que havia cancelado anteriormente, e esta não consegui. Volto a repetir e pedir perdão pelo que fiz e aqui estou, à espera do que o clube decidir", acrescentou.
Na terça-feira, o Paris Saint-Germain suspendeu o campeão do mundo argentino durante vários dias depois de sua viagem à Arábia Saudita no contexto de um patrocínio com o escritório de turismo daquele país, realizado sem o aval do clube. Messi não treina, não joga e não recebe salário neste período.
Segundo vários veículos de imprensa, a sanção vai durar duas semanas, uma informação que o clube não confirmou à AFP.
Horas antes, também nesta sexta, o técnico parisiense Christophe Galtier, que falou pela primeira vez sobre a suspensão do jogador, afirmou que não comentaria a "decisão" da direção do clube.
"Fui informado no começo da semana, por minha direção, de sua decisão de suspender Leo (Messi). Assim que fui informado da decisão, decidi não comentá-la. Sou funcionário do clube, uma decisão foi tomada, eu não a comento", explicou o técnico do PSG durante coletiva de imprensa a dois dias do jogo da Ligue 1 em Troyes.
Messi, que fará 36 anos em junho e cuja saída do PSG é provável no fim da temporada, ao final de duas temporadas decepcionantes, vai voltar depois desta suspensão ao clube parisiense? Seu pedido de desculpas público permite antecipar uma volta para as três últimas rodadas.
- 'Veremos' -
"Veremos no momento em que Leo voltar, veremos o que vai acontecer, evidentemente haverá conversas com todo o clube, mas também com Leo, que é o primeiro afetado", respondeu Christophe Galtier, que não quis acrescentar nada mais sobre o assunto.
Na França, o técnico do Nantes, Antoine Kombouaré, censurou nesta sexta o "linchamento" do ganhador da Bola de Ouro porque em Messi "não se toca, faça o que fizer".
Na quarta, foram os torcedores que manifestaram seu descontentamento com os resultados e a situação do clube em frente à sede do PSG e à casa de Neymar.
Vários seguranças estavam presentes nas imediações do Camp des Loges, centro de treinamento do clube.
"Com relação à reunião em frente à residência do jogador, é preciso ter cuidado com isso e a vida privada continua sendo a vida privada. Posso compreender a raiva, a decepção dos nossos torcedores, a manifestação em frente à sede, nosso local de trabalho, mas não aceito que vão ao domicílio de um jogador porque pode haver excessos porque nossa sociedade se tornou louca", acrescentou o técnico.
Sobre se Neymar vai continuar em Paris na próxima temporada, Galtier foi esquivo: "eu não estou mais muito concentrado nas nossas últimas cinco partidas e veremos o que vai acontecer na próxima temporada".
- 'Meta a alcançar' -
Durante a concentração de torcedores em frente à sede do PSG, o técnico também foi alvo de insultos, assim como Messi, Neymar e Marco Verrati.
"Estou exposto enquanto treinador, compreendo, mas continuo concentrado", acrescentou.
Depois da sexta derrota da temporada, o PSG, ainda líder e perto de conquistar seu 11º título da primeira divisão, visita o Troyes (18º) no domingo.
"Vivemos um período agradável? Não, reconheço. Mas há uma meta a alcançar e meus jogadores estão trabalhando", afirmou Galtier, e "não pensem que tanto faz para meus jogadores quando acontece uma derrota, eu tenho visto a reação do grupo".
(A.Nikiforov--DTZ)