Deutsche Tageszeitung - Dezenas de milhares vãos às ruas nos EUA contra Donald Trump

Dezenas de milhares vãos às ruas nos EUA contra Donald Trump


Dezenas de milhares vãos às ruas nos EUA contra Donald Trump
Dezenas de milhares vãos às ruas nos EUA contra Donald Trump / foto: © AFP

Dezenas de milhares de manifestantes saíram neste sábado (5) às ruas das principais cidades dos Estados Unidos contra as políticas de Donald Trump, nos maiores protestos contra o presidente republicano desde seu retorno, no final de janeiro, ao poder.

Alterar tamanho do texto:

Os manifestantes se reuniram em Washington, Nova York, Houston, Los Angeles; e em estados como Flórida e Colorado. Eles rejeitam os cortes de funcionários públicos, as novas tarifas comerciais e a erosão das liberdades civis.

Uma grande faixa que dizia "TIRE SUAS MÃOS!" se estendia a poucos quarteirões da Casa Branca e as pessoas carregavam cartazes com mensagens como: "Não é meu presidente!", "O fascismo chegou", "Parem o mal" e "Tirem suas mãos da nossa Seguridade Social".

Jane Ellen Saums, de 66 anos, disse que estava aterrorizada com a campanha de redução da administração federal que Trump está conduzindo junto com o bilionário Elon Musk.

"É extremamente preocupante ver o que está acontecendo com nosso governo, (...) tudo está sendo totalmente atropelado, desde o meio ambiente até os direitos pessoais", queixou-se esta trabalhadora imobiliária.

Em um momento de crescente ressentimento mundial contra o republicano, também foram realizados protestos em capitais como Paris, Roma e Londres.

Uma coalizão composta por dezenas de grupos de esquerda, como MoveOn e Women's March, convocou manifestações sob o lema "Tire suas mãos" em mais de 1.000 cidades e municípios americanos.

Os organizadores da última mobilização em Washington previam a presença de cerca de 20.000 pessoas, mas no sábado à tarde disseram que o número era muito maior.

"Despertaram um gigante adormecido, e ainda não viram nada", declarou o ativista Graylan Hagler, de 71 anos, em meio à multidão reunida. "Não vamos nos sentar, não vamos nos calar e não vamos embora."

Até a tarde de sábado, as manifestações foram majoritariamente pacíficas.

Enquanto Trump continua sua revolução em Washington, seu índice de aprovação caiu ao nível mais baixo desde que assumiu o cargo, segundo pesquisas recentes.

Apesar da rejeição global à sua imposição de tarifas e da mágoa de cada vez mais americanos, a Casa Branca minimizou os protestos.

O presidente republicano, ainda muito popular entre suas bases, não dá sinais de ceder.

(L.Møller--DTZ)

Apresentou

Trump diz que ninguém 'está livre' de tarifas, mas mercados operam em alta

Os mercados receberam com satisfação, nesta segunda-feira (14), a suspensão temporária das tarifas americanas sobre os produtos tecnológicos, apesar dos novos ataques do presidente Donald Trump contra a China e de sua declaração de que ninguém ficará livre da guerra comercial, especialmente a China.

Peso argentino se desvaloriza após suspensão do controle cambiário

O peso argentino se desvaloriza perante o dólar nesta segunda-feira (14), em um dia marcado pela expectativa após o anúncio da liberação parcial dos controles cambiários que vigoravam desde 2019, e com a visita do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent.

Trump "agradece" a Bukele, que está "disposto a ajudar" os EUA com imigração

"Estamos muito dispostos a ajudar", afirmou nesta segunda-feira (14) na Casa Branca o presidente salvadorenho, Nayib Bukele, a um Donald Trump encantado ao ouvir o que lhe dizia seu melhor amigo da América Latina, que prendeu centenas de imigrantes deportados por Washington.

Xi pede a Vietnã que faça oposição ao lado da China contra 'intimidação'

O presidente chinês, Xi Jinping, pediu ao Vietnã nesta segunda-feira (14) que se junte à China para "fazer oposição conjunta à intimidação", segundo a agência de notícias Xinhua, no início de sua viagem ao sudeste asiático, marcada pelo impacto das tarifas anunciadas pelos Estados Unidos.

Alterar tamanho do texto: