Deutsche Tageszeitung - Manifestantes exigem justiça por ambientalista assassinado em Honduras

Manifestantes exigem justiça por ambientalista assassinado em Honduras


Manifestantes exigem justiça por ambientalista assassinado em Honduras
Manifestantes exigem justiça por ambientalista assassinado em Honduras / foto: © AFP

Dezenas de manifestantes exigiram nesta quinta-feira (10), diante da sede do Ministério Público de Honduras, justiça para o ambientalista Juan López, assassinado em 14 de setembro.

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O ativista de 46 anos, que realizava campanha contra uma mina a céu aberto, foi assassinado a tiros ao sair de uma igreja católica em Tocoa, 220 km a nordeste de Tegucigalpa, localidade da qual também era vereador, em um crime condenado pela ONU e pelo papa Francisco.

"Justiça, justiça!", gritavam em coro membros de organizações sociais, vestidos com camisetas verdes com uma foto do ambientalista e a frase "Justiça para Juan López".

Um tribunal abriu na quarta-feira um "auto de processamento formal" contra três suspeitos do assassinato, que estão detidos há alguns dias, segundo o MP.

"Foram capturados os autores materiais, mas isso não basta, estamos aqui para pedir ao Ministério Público que queremos que sejam encontrados os autores intelectuais [...], os que pagaram" para que ele fosse assassinado, disse através de um alto-falante Nedis Licona, deputado do Parlamento Centro-Americano.

Licona também pediu "proteção" para a esposa, as duas filhas e os companheiros de López. "Já não queremos mais assassinatos", indicou.

"Juan López não era apenas um ambientalista, era um lutador social pela justiça e a defesa dos territórios", disse à AFP a manifestante Ixchel Espinal, estudante de economia de 25 anos.

Em novembro de 2021, López mencionou em uma entrevista à AFP os riscos que corriam os ambientalistas em Honduras. "Quando alguém neste país resolve defender os bens comuns [...], entra em choque com os grandes interesses", disse.

O crime contra López traz à memória o caso da reconhecida ambientalista hondurenha Berta Cáceres, assassinada em 2016 em um dos países mais letais para ativistas ambientais, segundo a ONG Global Witness.

(P.Hansen--DTZ)