Deutsche Tageszeitung - Setor privado continuará se expandindo em Cuba, afirma presidente

Setor privado continuará se expandindo em Cuba, afirma presidente


Setor privado continuará se expandindo em Cuba, afirma presidente
Setor privado continuará se expandindo em Cuba, afirma presidente / foto: © AFP

O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, afirmou em entrevista divulgada nesta quarta-feira (15) que as empresas privadas vão continuar se expandindo, mas como "um complemento" do setor estatal, dominante na ilha comunista.

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Díaz-Canel também manifestou apoio à entrada do seu país no grupo Brics, fundado em 2010 por Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul, nações que compartilham a reivindicação de um equilíbrio mundial, principalmente no que se refere à influência dos Estados Unidos e da União Europeia.

Em entrevista ao jornalista franco-espanhol Ignacio Ramonet publicada pelo jornal oficial Granma, porta-voz do Partido Comunista (PCC, único), o presidente destacou que "o setor privado vai continuar se expandindo, fazendo parte da nossa rede de agentes econômicos".

O governo de Díaz-Canel, que substituiu Raúl Castro no poder em 2018, autorizou em agosto de 2021 as pequenas e médias empresas privadas, que foram ganhando espaço no cenário econômico do país, após seis décadas de exclusividade das estatais. No fim de setembro, cerca de 9 mil já haviam se cadastrado.

Essas empresas "são menores e funcionam de forma mais flexível, portanto os aportes e a dinâmica que podem aportar à economia são muito importantes", disse o presidente cubano, ressaltando que o setor privado na ilha é "um complemento" da empresa estatal, chamada a "desempenhar o papel fundamental na construção socialista".

Cuba enfrenta uma crise econômica sem precedentes em três décadas - com apagões e escassez de alimentos, medicamentos e combustível -, causada pelos efeitos da pandemia, pela intensificação das sanções de Washington e pelas fragilidades estruturais da sua economia.

Nesse contexto, Díaz-Canel manifestou-se em favor de um lugar para a ilha no Brics. "É uma das alternativas que existem hoje no mundo. Cria uma expectativa de quebra da hegemonia americana nas relações internacionais", declarou.

(L.Barsayjeva--DTZ)