Suprema Corte do Panamá inicia debate sobre contrato de mineração que gerou protestos
A Suprema Corte do Panamá começou, nesta sexta-feira (24), a analisar denúncias de "inconstitucionalidade" contra o contrato com uma mineradora canadense, questão que mantém o país semi-paralisado há mais de um mês, com protestos e bloqueios de estradas.
Os nove juízes do máximo tribunal concordaram em trabalhar em "sessão permanente" até emitir uma decisão que poderia levar ao fechamento da maior mina de cobre a céu aberto da América Central.
A Corte "inicia sessão permanente, no Palácio de Justiça Gil Ponce, para analisar as denúncias de inconstitucionalidade" do contrato entre o Estado panamenho e a mineradora canadense First Quantum Minerals, informou o Poder Judiciário esta manhã na rede X (antigo Twitter).
Perto do tribunal ocorrem diariamente manifestações que exigem uma decisão que declare o contrato de mineração inconstitucional.
Os protestos eclodiram no dia 20 de outubro, quando o Congresso aprovou o contrato assinado pelo governo que permite à First Quantum operar esta mina localizada no Caribe panamenho durante 40 anos.
Desde então, houve fechamentos de estradas que afetaram quase todos os setores produtivos e causaram prejuízos milionários, segundo associações empresariais.
(W.Uljanov--DTZ)