Deutsche Tageszeitung - Três dos migrantes deportados dos EUA estão detidos na Venezuela

Três dos migrantes deportados dos EUA estão detidos na Venezuela


Três dos migrantes deportados dos EUA estão detidos na Venezuela
Três dos migrantes deportados dos EUA estão detidos na Venezuela / foto: © AFP

Três migrantes, dos 127 que chegaram à Venezuela deportados dos Estados Unidos, foram detidos depois de serem "solicitados" pela Justiça de seu país, informou nesta sexta-feira (20) o ministro do Interior, Remigio Ceballos.

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Um primeiro avião americano chegou na quarta-feira ao aeroporto internacional Simón Bolívar, que serve Caracas, com os venezuelanos deportados, como parte de um acordo entre Washington e o governo do presidente Nicolás Maduro, com quem não mantém relações formais.

"Esses cidadãos receberam assistência e atenção social integral do Estado e do governo venezuelano, em termos de saúde, atendimento psicológico, traslado e também registramos suas denúncias por maus-tratos recebidos durante suas detenções nos Estados Unidos", escreveu o ministro Ceballos na rede X, antigo Twitter.

"Três das pessoas que chegaram foram detidas porque foram solicitadas pelo Siipol (Sistema de Investigação e Informação Policial), a quem será garantido o devido processo e os seus direitos humanos", acrescentou.

Ceballos havia informado na quarta-feira que 131 venezuelanos chegaram neste primeiro avião, mas o número foi posteriormente corrigido para 127. Maduro informou posteriormente que esses voos serão semanais.

A Venezuela rompeu relações com os Estados Unidos em 2019, depois de Washington não ter reconhecido a reeleição de Maduro, realizada um ano antes, e tê-la qualificado de fraudulenta. Até a ruptura, os migrantes venezuelanos sujeitos à deportação eram enviados em voos comerciais e depois, durante algum tempo, para o México.

O acordo permite o envio de voos charter à Venezuela para "a repatriação ordenada, segura e legal" de migrantes "que não têm base legal para permanecer nos Estados Unidos".

Biden, que busca a reeleição em 2024, enfrenta forte pressão dos republicanos, que o acusam de ter provocado uma crise migratória na fronteira com o México, e inclusive de alguns democratas após o transbordamento de diversas cidades sob seu comando devido à chegada de migrantes.

(V.Varonivska--DTZ)