Deutsche Tageszeitung - EUA acusa China de 'manipulação da informação' em escala global

EUA acusa China de 'manipulação da informação' em escala global


EUA acusa China de 'manipulação da informação' em escala global
EUA acusa China de 'manipulação da informação' em escala global / foto: © AFP

A China gasta bilhões de dólares para espalhar desinformação, o que pode causar uma "contração aguda" da liberdade de expressão no mundo, advertiu o Departamento de Estado americano em um relatório divulgado nesta quinta-feira (28).

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A manipulação global da informação "não é apenas uma questão de diplomacia pública, e sim um desafio à integridade do espaço global de informação", ressaltou o relatório. “Se não forem controlados, os esforços de Pequim podem resultar em um futuro no qual a tecnologia exportada pela China, os governos locais cooptados e o medo das retaliações de Pequim produziriam uma contração aguda da liberdade de expressão global".

Divulgado pelo Centro de Participação Global (GEC) do departamento, o relatório destaca que Pequim gasta bilhões de dólares anualmente em “manipulação de informação estrangeira por meio do uso de propaganda, desinformação e censura, enquanto promove notícias positivas sobre a China e o Partido Comunista governante". O texto acrescenta que a China suprime informações que contradigam a sua narrativa sobre pontos críticos, como Taiwan, os direitos humanos e a economia interna.

“Quando você junta as peças do quebra-cabeça, você vê uma ambição impressionante da China de buscar o domínio da informação em regiões-chave do mundo”, disse James Rubin, enviado especial e coordenador do GEC.

O relatório destacou que a abordagem chinesa para manipular informações inclui a promoção do “autoritarismo digital”, a exploração de organizações internacionais e o exercício do controle da mídia em língua chinesa, esforços que poderiam permitir a Pequim “reconfigurar o ambiente de informação global”.

O documento foi divulgado depois que o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que a China busca ultrapassar os Estados Unidos como “potência mundial dominante nas esferas militar, econômica e diplomática".

(I.Beryonev--DTZ)