Deutsche Tageszeitung - Família de jornalista guatemalteco diz que vai continuar lutando por sua liberdade

Família de jornalista guatemalteco diz que vai continuar lutando por sua liberdade


Família de jornalista guatemalteco diz que vai continuar lutando por sua liberdade
Família de jornalista guatemalteco diz que vai continuar lutando por sua liberdade / foto: © AFP

A família do jornalista guatemalteco José Rubén Zamora, que foi transferido para a prisão domiciliar no último sábado, após passar mais de dois anos recluso, anunciou nesta segunda-feira (21), em Londres, que vai continuar "lutando pela sua liberdade".

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"Sabemos que esse grupo criminoso quer continuar punindo Zamora por ter denunciado a sua corrupção, mas vamos continuar lutando pela sua liberdade, para que se esclareça a verdade e por sua inocência", disse à AFP o filho mais velho do jornalista, José Carlos Zamora, que vive em Miami com a mãe e o irmão desde que seu pai foi preso.

José Rubén Zamora permaneceu na prisão por 813 dias desde 29 de julho de 2022, acusado pelo questionado Ministério Público da Guatemala de chantagem, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça. A prisão de Zamora foi criticada por diversos países, pela imprensa internacional, por organizações de defesa dos direitos humanos e pelo presidente do país, Bernardo Arévalo.

O jornalista insiste em sua inocência e afirma que foi preso em retaliação pela publicação de casos de corrupção por seu jornal El Periódico durante o governo do direitista Alejandro Giammattei (2020-2024). Também diz que é punido por suas críticas à procuradora-geral, Consuelo Porras.

“Esperamos poder seguir esse processo com juízes imparciais. Se assim for, não há outra opção senão declará-lo inocente e pedir desculpas", disse José Carlos Zamora, que viajou a Londres para participar de uma conferência.

O jornalista permanecerá em prisão domiciliar, antes de uma audiência marcada para setembro de 2025, segundo seu filho. A transferência para casa foi decretada na última sexta-feira, quando o juiz Erick García declarou que, "por razões de direitos humanos, o prazo de prisão preventiva ultrapassou os limites".

(A.Nikiforov--DTZ)