Centenas de detidos em onda de protestos pró-palestinos em universidades dos EUA
Autoridades municipais dos Estados Unidos anunciaram a detenção de centenas de manifestantes em uma onda de protestos pró-palestinos nas universidades, gerando um clima de tensão crescente pelo conflito entre Israel e o grupo islamista Hamas em Gaza.
O movimento estudantil americano pró-palestinos cresce a cada hora e há confrontos entre alunos e foças de segurança, chamadas por funcionários de universidades como as de Princeton e Harvard.
Grupos de estudantes montaram tendas em seus campi para denunciar o apoio militar americano a Israel e a situação humanitária na Faixa de Gaza.
Mais de cem pessoas foram presas na quarta-feira perto da Emerson College, em Boston. Em Austin, dezenas de estudantes da Universidade do Texas foram presos.
No campus da Universidade do Sul da Califórnia (USC), em Los Angeles (oeste), 93 pessoas foram presas por invasão de propriedade privada.
A USC indicou em sua conta na rede social X, por volta da meia-noite, que o protesto havia terminado e que o campus permaneceria "fechado até novo aviso".
As autoridades informaram que não houve relatos de feridos e que as patrulhas permaneceriam na área nesta quinta-feira.
- Onda crescente -
Apesar disso, o movimento de protestos continua crescendo.
Um novo acampamento foi montado na manhã desta quinta-feira em Washington, onde está prevista uma manifestação.
Os protestos começaram há cerca de uma semana, antes de se espalharem por todo o país com o apoio das redes sociais.
Os manifestantes estão indignados com o aumento do número de mortes de civis na guerra de Israel contra o grupo islamista palestino Hamas.
- Preocupação -
Para muitos estudantes judeus, há um clima hostil contra eles e também ataques à livre expressão.
Os manifestantes, incluindo vários estudantes judeus, negaram casos de antissemitismo e criticam as autoridades pela repressão.
Autoridades temem que os protestos propaguem incidentes antissemistas.
O presidente da Câmara dos Representantes, o republicano Mike Johnson, mencionou "o vírus do antissemitismo" à imprensa no campus de Columbia na quarta-feira
E alertou que pode recorrer à Guarda Nacional se os protestos não cessarem, assim como ocorreu nos anos 70 em várias universidades, em alguns casos, com trágicos resultados.
(S.A.Dudajev--DTZ)