Deutsche Tageszeitung - Moradores de Acapulco usam facões para evitar saques após furacão

Moradores de Acapulco usam facões para evitar saques após furacão


Moradores de Acapulco usam facões para evitar saques após furacão
Moradores de Acapulco usam facões para evitar saques após furacão / foto: © AFP

Armados com facões e bastões, moradores de alguns bairros de Acapulco protegiam suas casas de assaltos e saques, diante da falta de energia elétrica e do desabastecimento na cidade mexicana após a passagem do furacão Otis.

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Os moradores também ergueram barricadas nos arredores de suas residências com escombros deixados pelo furacão, que causou 46 mortes e deixou 58 desaparecidos.

“Entre as 21h e 22h, as pessoas já estão montando barricadas. Pegam o que está jogado na rua", contou nesta terça-feira (31) à AFP Salvador Chávez, morador de um dos bairros periféricos de Acapulco.

O furacão Otis atingiu a cidade, de 780 mil habitantes e que vive principalmente do turismo, na madrugada da última quarta-feira. Cerca de 274 mil residências e 600 hotéis foram afetados.

Após a fúria do vento e da chuva, houve saques em supermercados e mercearias, principalmente de alimentos e produtos de higiene.

- Tiros -

Alguns moradores alertaram para o risco de os distúrbios se estenderem às áreas residenciais e ao pequeno comércio caso a ajuda humanitária não chegue rapidamente. Desde sexta-feira, autoridades distribuem água e outros produtos básicos.

O governo do presidente Andrés Manuel López Obrador enviou milhares de militares para garantir a segurança na cidade. Salvador Chávez contou que vizinhos avisaram que irão atirar para o alto à noite para afugentar os ladrões.

Alguns condomínios localizados na Zona Diamante da cidade, onde ficam hotéis e prédios de luxo, contrataram seguranças armados.

Segundo um balanço atualizado hoje pelo governo, o furacão deixou 46 mortos - incluindo um americano, um canadense e um britânico - e 58 desaparecidos. Já a chancelaria do México anunciou que haviam sido localizados até o momento 305 estrangeiros.

Em diversas áreas, o fornecimento de energia elétrica e o serviço de telecomunicação foram restabelecidos. Brigadas médicas, apoiadas por profissionais cubanos, prestavam atendimento a pessoas afetadas.

(W.Budayev--DTZ)