Deutsche Tageszeitung - Os elefantes se chamam pelo nome, indica estudo

Os elefantes se chamam pelo nome, indica estudo


Os elefantes se chamam pelo nome, indica estudo
Os elefantes se chamam pelo nome, indica estudo / foto: © AFP/Arquivos

Os elefantes chamam uns aos outros usando o equivalente a um nome, diferente para cada paquiderme, indicou um estudo publicado nesta segunda-feira (10) na revista científica Nature, baseado na observação de duas manadas selvagens no Quênia.

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A pesquisa "demonstra que os elefantes não apenas usam uma vocalização específica para cada indivíduo, mas também reconhecem e respondem a um chamado direcionado a eles enquanto ignoram os direcionados a outros", explica o principal autor, Michael Pardo.

O estudo "apoia a ideia de que os elefantes podem inventar nomes arbitrários para os outros", prossegue este especialista em comunicação de paquidermes da Universidade Estadual do Colorado, citado em um comunicado.

Para chegar a essa conclusão, os cientistas usaram gravações realizadas pela associação Save the Elephants na reserva de Samburu e no parque nacional de Amboseli, no Quênia.

Com a ajuda de um algoritmo, identificaram 469 chamadas distintas, que incluíam 101 elefantes que emitiam uma chamada e 117 que a recebiam.

Os elefantes emitem uma ampla gama de sons, desde fortes trombetas até murmúrios que o ouvido humano não capta.

Segundo o estudo, o paquiderme, assim como os humanos, atribui um nome arbitrário ao membro da manada com quem deseja se comunicar. O estudo destaca que ele não faz isso através de uma vocalização que imite o som produzido pelo animal ao qual se dirigem, como fazem os golfinhos e os papagaios.

Essas observações sobre os elefantes "indicam que eles têm uma capacidade de pensamento abstrato", afirmou o professor George Wittemyer, da Universidade do Colorado, supervisor do estudo, citado no comunicado.

Os chamados, que costumam ser emitidos em forma de grunhidos, são mais frequentes à distância e no caso de adultos que se comunicam com filhotes. Os adultos também são mais propensos a usar esses sons do que os jovens, o que sugere que a capacidade de pronunciar os nomes requer anos de treinamento.

O estudo sugere que o comportamento extremamente social dos elefantes pode ter favorecido o desenvolvimento dessa capacidade de comunicação.

(V.Sørensen--DTZ)

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